quinta-feira, 22 de junho de 2017

20. THOMAZ DE MELLO

"A Justiça"/ Serigrafia/ 33x21 cm
450,00 €  (c/moldura)
375,00 €  (s/moldura)

Thomaz de Mello - de pseudônimo Tom (Rio de Janeiro, janeiro de 1906 - Lisboa, 1990) foi um caricaturista e artista gráfico luso-brasileiro.

Vem para Portugal em 1926 com a companhia de teatro de Leopoldo Fróis. Durante a sua vida explora muitos meios plásticos desde a pintura ao desenho, passando pela banda desenhada, a caricatura, a tapeçaria, o design gráfico, o design de interiores, o design industrial, a cerâmica e outros.

O seu estilo integrava-se na chamada “segunda geração de modernistas”. Em 1937 obteve o “Grande Prémio de Decoração e de Artesanato”, na Exposição de Artes e Técnicas de Paris, e em 1945 recebeu o “Prémio Francisco de Holanda”.

Entre as publicações para as quais trabalhou contam-se a Voz, o Diário da Manhã, e a Ilustração (revista).

19. SÁ NOGUEIRA

"Paisagem Intemporal"/ Serigrafia 163/200/ 98x69 cm
850,00€


SÁ NOGUEIRA
Rolando Augusto Bebiano Vitorino Dantas Pereira de Sá Nogueira, (Lisboa, 19 de Maio de 1921 – 18 de Novembro de 2002), foi um pintor e professor; pertence à terceira geração de artistas modernistas portugueses.
Emergindo no período de afirmação das correntes neorrealista e surrealista em Portugal, Sá Nogueira percorre um caminho autónomo relativamente a ambas. Ao lirismo da sua obra inicial irá suceder, na década de 1960, uma aproximação à corrente pop internacional para, nas décadas finais, se empenhar num tipo de figuração expressionista onde faz a síntese das fases iniciais e descobre novas vias narrativas.
Autor de uma obra multifacetada, por vezes preocupada com a dimensão político social, Sá Nogueira foi também professor, influenciando sucessivas gerações de jovens através da sua ação pedagógica na Sociedade Nacional de Belas Artes, Escola Superior de Belas-Artes do Porto, Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, etc.

Filho de Augusto Vieira de Sá Nogueira e de Amélia Dantas Pereira, Rolando Sá Nogueira nasce em Lisboa. Passa os cinco anos seguintes em Angola, onde decorria a carreira militar do pai. Regressa a Lisboa e ingressa no Colégio Vasco da Gama em regime de internato. Em 1931 abandona o colégio para viver com um tio, ficando com ele até ao regresso dos pais em 1933; o seu pai morre dois anos mais tarde.[3]
Em 1942 ingressa na Escola de Belas-Artes de Lisboa para cursar arquitectura. Em 1946 desiste desse curso e inscreve-se em pintura. Faz amizade, entre outros, com João Abel Manta, Jorge Vieira (escultor) e José Dias Coelho. Apresenta o seu trabalho pela primeira vez em exposições coletivas em 1947, na 2ª Exposição Geral de Artes Plásticas; termina os estudos em 1950.
Em 1956 casa com Bina Sá Nogueira, de quem terá duas filhas: a encenadora e actriz Paula Sá Nogueira e a estilista Mariana Sá Nogueira.
Em 1960 faz a sua primeira exposição individual. Entre 1962 e 1964 estuda em Birmingham e na Slade School, em Londres, como bolseiro da Fundação Gulbenkian. Participa nas iniciativas da Cooperativa de Gravadores Portugueses.
Entre 1969 e 1975 colabora no ateliê do arquitecto Francisco da Conceição Silva, fazendo intervenções plásticas e coordenando as opções cromáticas de projectos arquitetónicos.
A sua ação como professor ligado ao ensino do desenho foi determinante na formação de várias gerações de artistas mais jovens. Desde a década de 1960 e até ao final da vida ensinou em diversas instituições, nomeadamente na Sociedade Nacional de Belas Artes, na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, ou na Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa.
Em 2004, a Câmara Municipal de Lisboa homenageou o pintor dando o seu nome a uma rua na zona do Pólo Universitário da Ajuda, em Lisboa.

OBRA PLÁSTICA:
A obra de Sá Nogueira tem início em meados dos anos quarenta, num contexto artístico onde está viva a dicotomia figuração/abstração, mas que é pontuado, no seu círculo mais próximo, pelo surrealismo e pelo neorrealismo. Sá Nogueira demarca-se de ambos com a sua abordagem pessoal, de um "lirismo calmo e observador, um tanto irónico, em que perpassa uma nostalgia algo oitocentista".
Com uma linguagem onde se detetam as influências de Matisse e, sobretudo, de Modigliani, realiza retratos de amigos próximos, muitos deles pertencentes à intelectualidade Lisboeta – João Abel Manta (arquiteto), Jorge Vieira (escultor), Keil do Amaral (arquiteto), entre outros. Nos anos imediatos vemos consolidar-se um idioma pessoal em imagens do quotidiano lisboeta. Através de um tipo de "narração lírica e intimista", Sá Nogueira pinta interiores de cafés como A Brasileira, praças e jardins das zonas modernas da cidade, num tipo de "figuração de raiz naturalista […] presidida pela modernidade aquietada de Bonnard" ; é o que encontramos, por exemplo, nas suas vistas à distância do Jardim do Torel (Jardim suspenso I, 1961), com a sua vibração cromática, as suas "manchas de vegetação indefinidas contrastando com a geometria da linha das casas".
A estadia no Reino Unido entre 1962 e 1964 (primeiro Birmingham e depois em Londres) abre-lhe novas perspectivas: "A maior alteração verificável na sua pintura deu-se nas estratégias de composição, na incorporação dos novos sinais do mundo exterior, na aceitação de novas modalidades de diálogo entre o ato de pintar e a coisa pintada".
O exemplo de Kurt Schwitters (cujo trabalho redescobre numa exposição na galeria Marlborough) e da arte Pop, então em fase de afirmação, levam-no a rever os princípios estruturantes da sua obra anterior. O interesse pela alusão ao quotidiano sofre um redirecionamento quando descobre o potencial da colagem, realizando-se em trabalhos de pequena dimensão onde vemos surgir maços de tabaco, fragmentos de objectos descartados, de imagens de revistas... Irá prosseguir, numa atitude de grande ironia, "com a introdução nas suas telas de imagens de postais românticos e eróticos, […] para finalmente abordar aspectos da vida social, política ou artística" [8] (veja-se, por exemplo, Ah! Que les raisins sont capiteux, 1965). O espaço pictórico torna-se mais complexo, aproximando-se dos sistemas compositivos do cubismo, informados pela dinâmica renovadora da arte Pop.
Fá-los ouvir a tua corneta negro, 1973-74, óleo e fotografia impressionada sobre tela, 120 x 120 cm
A entrada no ateliê de Conceição e Silva em 1969 dá-lhe novas condições para trabalhar. "Havia recursos imensos! O modo de funcionar era «industrial»"[9]. Sá Nogueira utiliza tintas acrílicas e telas sensibilizadas fotograficamente na gestação de imagens poderosas, descobrindo novas significações, novas soluções formais, novas hipóteses de fragmentação / associação / recombinação das imagens, que irão culminar em trabalhos de cariz político-social onde faz, por exemplo, a "denúncia do racismo" [10], como em Fá-los ouvir a tua corneta, negro!, 1973-74. E assistimos por vezes a uma forma mais neutra e impessoal de manuseamento da pintura (paralela à de alguns artistas Pop), ficando parte do trabalho de realização das obras a cargo de um pequeno grupo de assistentes.
Sem entrar em ruptura com o universo formal e narrativo das décadas anteriores, realizando uma síntese que compatibiliza momentos díspares da sua carreira, a partir dos anos oitenta a pintura de Sá Nogueira regressa a valores pictóricos mais tradicionais, mas também mais sensíveis, "que vão do cromatismo à gradação lumínica, dos volumes à composição espacial"; realiza pinturas onde parte de Jan Steen, "metamorfoseando os interiores do pintor holandês", para mais tarde regressar ao seu "fascínio pelo quotidiano, centrando a sua atenção nas personagens que o tinham ocupado nos finais dos anos cinquenta".


"Poderosamente dinamizadas por uma composição ágil e [pela] introdução de colagens e texturizações", as obras de Sá Nogueira na década de 1990 "remetem para o que de mais interessante [ele] viu e fez nos anos 60. E realizam-no sobre motivos bem portugueses, nostálgicos nos termos da memória reconstitutiva de um passado que se prolonga nas atuais como uma crónica da cidade e dos seus habitantes e prédios, de pequenos nadas que são episódios, personagens, amores e desamores, coisas recuperadas para o futuro..."

18. PINHO DINIS

“Mulheres”/ Serigrafia/ 32x44 cm
280,00 €  (c/moldura)
180,00 €  (s/moldura)

Pinho Dinis nasceu em Coimbra a 16 de Dezembro 1921, e aí faleceu, na madrugada de 03 de Setembro de 2007.
Após completar o Curso Geral dos Liceus em Coimbra (1934-42), frequenta os cursos nocturnos da Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa (1946-48) com seu mestre o pintor Domingos Rebelo (1946-48), e o círculo artístico Mário Augusto (1948-50). Com viagens de estudo aos principais museus europeus e estágios em França, Itália e Espanha, as pesquisas de cerâmica com Américo Dinis em Coimbra, entre 1950 e 1953. Em 1954, estudou a técnica do fresco com o pintor Dórdio Gomes, na Escola de Belas Artes do Porto.
Já em Coimbra, faz pesquisa de cerâmica com o seu amigo Américo Diniz (1950-53).
A partir de 1954 estuda na escola de Belas Artes do Porto, encaminhado por Luís Reis Santos.
Estuda o fresco com o pintor Dordio Gomes na Escola de Belas Artes do Porto.
Incompatibilizado com a situação nacional, emigrou para o Brasil em 1957, embora continue a viajar periodicamente pela Europa a fim de contactar com os movimentos artísticos mais recentes. Ainda no Brasil participa em diversas manifestações de arte, nomeadamente no Salão de Arte Moderna do Rio de Janeiro e na VII Bienal de São Paulo, recebendo vários prémios pela sua obra.
Em 1975 regressa a Portugal. Integra inúmeras exposições individuais e colectivas em Portugal no Brasil e mesmo Galiza. Trabalhou com arquitectos e decoradores com cerâmica e pintura, decorou o tecto do Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro com figuras históricas.
Comemorando 30 anos de actividade artística, realizou uma grande exposição retrospectiva na Galeria de São Bento, Lisboa, que decorreu entre 8 de Maio e 13 de Junho de 1999. A 15 de Maio, foi homenageado em Seia, na abertura da I Exposição Colectiva dos Artistas Senenses. Nos anos seguintes, o artista de Coimbra participaria em diversos acontecimentos artísticos em Seia.
Em 2002, realizou na sala de exposições do Posto de Turismo de Seia uma exposição retrospectiva, integrada na ARTIS 1 – Festa das Artes em Seia, que decorreu entre 11 e 26 de Maio.
Sempre apaixonado por Coimbra, que envolveu na sua obra, participou activamente na vida cultural da cidade e foi presidente do MAC – Movimento Artístico de Coimbra. Participou também em diversos júris de selecção e premiação e influenciou de modo positivo a obra de jovens artistas, a quem nunca recusou uma orientação.
Em Novembro de 2005, já doente (Alzheimer), realizou a sua última exposição individual, “Desenhos e Guaches”, na Galeria Minerva, em Coimbra.
Do seu currículo fazem parte vários prémios e distinções recebidos no Brasil, entre os quais o prémio monetário do Salão Anual de Arte Moderna no Rio de Janeiro (1959), menção honrosa no Salão de Arte Moderna de Curitiba (1960), medalha de bronze no Salão Paulista de Arte Moderna (1961) e medalha de prata no Salão Anual de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1963).
Em 2001, recebeu a medalha de Mérito Cultural da Câmara Municipal de Coimbra.
A Câmara Municipal de Coimbra deu o seu nome à galeria da Casa Municipal da Cultura, que passou a designar-se Galeria Pinho Dinis em 2008.
Segundo Paulino Mota Tavares, um dos amigos fiéis do artista, “Pinho Dinis revela-se, neste lugar em que se cruzam a sabedoria e a imaginação criadora, como um singular artista da composição e do desenho.”
As tonalidades singulares e a homenagem feita às mulheres são as principais características distintivas da obra de Pinho Dinis, muito influenciada por Goya e Caravaggio, mas que percorreu vários universos da Arte Moderna, desde “uma figuração de contornos muito definidos e sombrios, próxima das preocupações neo-realistas desse período(…) (1), no início dos anos 50, os caminhos do abstraccionismo nos anos 60, o geometrismo e o neo-cubismo na década de 70, e o “conflito” entre um expressionismo “selvático” e a geometrização, que foi resolvido nos anos 80.
Dedicou-se ainda à cerâmica, na área do figurado e do objecto, realizando inclusive azulejos e painéis de cerâmica em colaboração com arquitectos e decoradores.

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS
Instituto de Cultura Italiana – Lisboa, 1951
Galeria Primeiro de Janeiro – Coimbra, 1951
Galeria António Carneiro – Porto, 1952
Galeria Primeiro de Janeiro – Coimbra, 1952/53
Sociedade Nacional de Belas Artes – Lisboa, 1953
Galeria António Carneiro – Porto, 1955
Salão Silva Porto – Porto, 1956
Museu Nacional de Belas Artes – Rio de Janeiro, 1958
Galeria o “Fado” – Rio de Janeiro, 1964
Universidade do Espirito Santo – Vitória, 1965
Univ. Federal do Rio Grande do Sul – Porto Alegre, 1966
Liceu Literário Português – Rio de Janeiro, 1966
Galeria Gâvea – Rio de Janeiro, 1967
Galeria Tijucana – Rio de Janeiro, 1968
Galeria Abitare – Rio de Janeiro, 1972
Exp. Patrocínio:  Movimento Artístico de Coimbra (MAC)-1980
Galeria Peninsular – Figueira da Foz, 1980
Museu Tavares Proença – Castelo Branco, 1981
Galeria 5 – Coimbra, 1987
Galeria Roca – Marinha Grande, 1988
Galeria Espaço 55 – Figueira da foz, 1988
Galeria 5 – Coimbra, 1989
Galeria Vandelli – Coimbra, 1990
Galeria Belgaia – Castelo Branco, 1991
Galeria Horizonte – Figueira da foz, 1992
Galeria Época – Guarda, 1992
Galeria Maria Lamas – Torres Novas, 1993
Galeria Grão a Grão – Figueira da foz, 1993
Galeria Casa Alemã – Coimbra, 1993
Galeria do Casino – Figueira da foz, 1994
Galeria Roca – Marinha Grande, 1994
Galeria Torre D’Anto – Coimbra, 1994
Galeria Santa Clara – Coimbra, 1995
Museu da Cidade – Coimbra, 1996
Galeria IB – Pombal, 1996
Museu Municipal – Matosinhos, 1996
Museu Municipal Dr. Santos Rocha – Figueira da foz, 1996
Galeria Augusto Bhértolo – Alhandra, 1996
Exposição em Gondomar, Auditorio Municipal, Fevereiro 1997
Museu de Alhandra. Casa Dr.Sousa Martins, 1997
Galeria Época – Guarda, Abril 1998
Galeria São Bento – Lisboa, 1999
Casa Municipal da Cultura – Coimbra, 1999
Galeria Arte Vária – Coimbra, 2000
Museu Municipal da Lousã – Prof.Álvaro Viana de Lemos – Lousã, 2000
2009, Janeiro – Casa Municipal da Cultura

EXPOSIÇÕES COLECTIVAS: PORTUGAL
Círculo Artístico Mário Augusto – Lisboa, 1949/50
Sociedade Nacional de Belas Artes – Lisboa, 1952
Clube Naval Povoense -Póvoa de Varzim, 1957
Pintura Moderna – Amarante, 1957
XII Exp.Arte Contemp.dos Artistas do Norte – Porto, 1957
Coope.Árvore-II Exp. Nac.Pequeno Formato- Porto, 1989
Casino Estoril – Homenagem a Luis Dourdil, 1991
Várias Exposições do MAC, 1991
Expo 92 – Sevilha, Organização C.C. Região Centro
Exposição “O Papel”, S.N.B.A. – Lisboa, 1993
Castelo Souto Maior – Galiza, 1995
I Encontro de Pintura Contemporânea Cernache, 1996

EXPOSIÇÕES COLECTIVAS: BRASIL
Soc. Nacional de Belas Artes – Rio de Janeiro, 1958/72
Salão Mãe e a Criança-Esc.Arte Brasil-Rio Janeiro, 1958
Salão Municipal de Belo Horizonte, 1959/60
Salão Arte Moderna de Cultura – Paranã, 1960
Salão Museu Arte de Porto Alegre – Organizado pelo grupo dos Amigos da Arte – 1961
Salão Paulista de Arte Moderna – São Paulo, 1961/62/63
VII Bienal de São Paulo – São Paulo, 1963
Salão Anual de Brasilia – 1966
1ªFeira de Arte no Museu Arte Moderna – Organizado pela Associação dos Artistas Plásticos – Rio Janeiro, 1968
2ª Feira de Arte – idem, 1970

TRABALHOS EM COLABORAÇÃO COM ARQUITECTOS
Trabalhou com arquitectos e decoradores colaborando na decoração de residências particulares com azulejos e painéis de cerâmica.
Decorou o tecto do real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro com figuras históricas (1967)

PRÉMIOS E DISTINÇÕES
Prémio Monetário no Salão Anual da Arte Moderna no Rio de Janeiro, 1959
Menção honrosa no Salão de Arte Moderna de Curitiba, 1960
Medalha Bronze no Salão Paulista Arte Moderna – S.P., 1961
Medalha Prata e isenção de Juri no Salão Anual Arte Moderna do Rio de Janeiro, 1963
Favoráveis referências críticas dos jornais Diário Popular, Diário de Coimbra, Comércio do Porto, Primeiro de Janeiro, República, Jornal de Notícias, La Revue Moderne de Paris e diversos jornais Brasileiros.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Indicações biográficas no “Dicionário das Artes Plásticas” de Fernando Pamplona (Portugal), na “Enciclopédia Barsa” e no “Dicionário de Artes Plásticas” de Roberto Pontual e Carlos Cavalcanti (Brasil)

REFERÊNCIAS CRITICAS
Década de 50
Mário Oliveira
Pintor romântico de Coimbra de fina sensibilidade na captação das atmosferas e onde a cor é sempre tratada com pureza límpida e transparente.

Década de 60
Geraldo Ferraz (critico “Estado S.Paulo” sobre a VII Bienal de S.Paulo)
Há artistas que se limitam quase sem tema a um tratamento e conseguem resultados que o ensinamento de Maurice Denis, como nunca está patente: o caso de Pinho Dinis ilustra esta tentativa. Nele o activo colorido vale tudo.

Década de 70
Joaquim Tenreiro (“Mundo Português” do Rio Janeiro)
Pinho Dinis mantém-se na tradição do Homem Português que faz do seu trabalho intenso e quotidiano a mola mestra do seu avançar. Há na sua pintura de hoje uma temática coerente com a sua cerâmica, mas o que mais prende a atenção é exactamente o processo pictórico, a acção de pintar, desenvolta, limpa, a serviço do tema sem indecisões.
Dr. Joaquim Matos Chave
Os seus óleos são uma manifestação admirável de como o cubismo pode ser lição sem ser receita e ainda pela organização da cor e pela sábia distribuição dos planos. Sua geometria é já uma estética.
Arquitecta Brasileira Dinaise Vieira
Pintura cósmica, do negro infinito saindo luz, abrindo em cores, revelando volumes, nascendo em vultos.

1996
António Augusto Menano
As mulheres habitam as telas erguem o espaço do silêncio, força secular feita de ventos suaves e gestos inscritos, o negro com sabor a terra.

17. ODETE LOUREIRO

Serigrafia/ 32x27 cm
150,00€

16. Molina

“Senhora do Ó”/Serigrafia/ 38x52 cm
270,00€ (c/moldura)
250,00€  (s/moldura)

Molina, nasceu em Alcoy, Espanha, em 10 de fevereiro de 1926. Em 1951 embarcou num navio com destino ao Rio de Janeiro.
No Rio de Janeiro, teve uma vida boémia na Copacabana dos anos 50, tendo vivido o momento áureo deste bairro carioca. Embora tenha começado a pintar nesta época, era do seu trabalho, primeiro na Sears e depois na revista Manchete, que podia viver, pois cada quadro que pintava o doava a amigos sem cobrar nada. Sua pintura era fundamentalmente abstrata e inspirada na fase abstrata de Paul Klee e Kandinsky.
Em 1967 decidiu regressar à Europa. Ao saírem com destino a Barcelona, que era seu plano, fizeram escala em Lisboa, capital de Portugal, cidade que o encantou com seu casario pombalino visto do navio ao entrar pelo Rio Tejo. Pouco tempo depois de chegarem a Barcelona, Molina recebeu uma proposta para trabalhar em Lisboa e não pensou duas vezes, tendo-se radicado em Portugal desde então.
Foi neste país que sua pintura figurativa começou a tomar força, devido principalmente à cor do casario, das telhas portuguesas, do céu azul mediterrânico que ele viria a reforçar ao ponto dos críticos de arte chamarem o céu azul forte de suas pinturas de “azul Molina”.
Fez inúmeras exposições em Portugal e tornar-se-ia famoso neste país. A sua pintura encontra-se espalhada por Portugal, Brasil e Espanha, embora também tenha obras em coleções de outros países, nomeadamente, Chile e Inglaterra.
Recebeu, em 1995, a Medalha Municipal de Mérito da Câmara Municipal de Loures.
Em 1996 doou cinco painéis de azulejos pintados por ele mesmo, para serem instalados num jardim público em Lousa, uma pequena cidade do Concelho de Loures em Portugal. Os painéis ainda hoje embelezam esse local público.
Faleceu em 2002.

15. Maluda

“Janela”/ Serigrafia HC 24/25/ 37x45,5 cm
1.200,00 €

MALUDA
Maria de Lurdes Ribeiro, que adotou o nome artístico de «Maluda», nasceu em Nova Goa (atual Panjim), nas Índias Portuguesas, em 1934.

Embora experimentando vários gêneros, o principal de sua pintura está voltado para a paisagem, em que sua arte, no dizer de Pamplona, muito se aproxima de Paul Cézanne (1839-1906), o mestre do Impressionismo. Ou, como escreveu Fernando Pernes, sua arte representa «um sistemático decantamento da experiência cezanneana».

Maluda foi bolsista da Fundação Gulbenkian, estudando em Londres e na Suíça, entre os anos de 1977 e 1978.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

14. LÓ

"A mulher e a boneca"/ Nº de Série 153/200/ 37x45 cm
450,00€

Nasceu em Lisboa e repartiu a sua residência entre Moçambique, Angola e India. Frequentou a Escola Superior de Educação de Arte e começou a expor em 1969, nas Festas do V Centenário de Vasco da Gama, em Moçambique. Fundou três escolas infantis, assim como o “Grupo Pitágoras” e a sua obra foi distinguida com várias Menções Honrosas. Em 1987 foi eleita “Pintora do Ano” pela revista “Mulheres”. Realizou várias exposições individuais e coletivas em Portugal e no estrangeiro e está representada no Museu de Arte Primitiva Moderna de Guimarães, no Museu Internacional de Arte Naif de Jaen e em várias coleções privadas. 
Ló pratica uma pintura “naif”, termo que deriva do original “naives” e que significa ingénuo. Esta pintura, praticada desde o início do século XX por artistas como Henri Rousseau, não cultiva, de forma geral, preocupações estéticas nem teóricas sendo, por isso, próxima à arte de cariz popular.

13. LIMA DE FREITAS

Serigrafia/ 49.5x68cm
650,00 €

José Lima de Freitas (Setúbal, 22 de junho de 1927 — Lisboa, 5 de outubro de 1998) foi um pintor, desenhador e escritor português.

Duas Ilustrações para a Lírica de Camões, 1960, desenho, 21 x 28 cm cada
Lima de Freitas frequentou a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Tendo aderido ao neorrealismo logo em 1946, iria desempenhar um papel importante e demorado no movimento através não apenas da sua obra plástica mas também da escrita, tornando-se numa voz ativa no questionamento das vias surrealistas e abstratas em afirmação na arte portuguesa nos anos de 1950. A opção neorrealista evoluiria ao longo da década seguinte para uma "arte espiritualizada de teor algo teosofante, totalmente arredada da fé neorrealista dos anos 40".

Pintor e desenhador, na sua obra é de destacar a extensa atividade como ilustrador para publicações nacionais e estrangeiras. Viveu em Paris entre 1954 e 1959 e trabalhou para editoras norte-americanas; ilustrou romances de J. Conrad (Nova Iorque), Afonso Schmidt (Varsóvia) e inúmeros contos em revistas francesas, alemãs, espanholas, brasileiras, etc. Em Portugal assinalem-se as suas ilustrações para Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, para Os Lusíadas e para a Lírica de Luís de Camões, ou para O Bobo de Alexandre Herculano.

Expôs coletivamente inúmeras vezes desde 1946, nomeadamente nas Exposições Gerais de Artes Plásticas (SNBA, Lisboa), nas I e II Exposições de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, na II Bienal de S. Paulo, Brasil, etc. Realizou exposições individuais desde 1950, entre as quais: Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa; Galeria de Março, Lisboa; Galeria do Diário de Notícias, Lisboa; Museu Regional de Évora; Galeria Divulgação, Porto; Galeria Abril de Madrid; etc.

Para além dos textos publicados em jornais, revistas ou catálogos de exposições, publicou títulos como Pintura incómoda (1965), Almada e o número (1977) e Imagens da imagem (1977).

Foi um respeitável Mestre da Maçonaria. Foi docente do IADE – Instituto de Arte e Decoração de Lisboa e Presidente da Comissão Instaladora do Teatro Nacional D. Maria II, que reabriu as portas ao público em Maio de 1978, após 14 anos de obras de reconstrução. Foi agraciado pela Câmara Municipal de Setúbal com a Medalha de Honra da Cidade. Recebeu as condecorações de Chevalier et Officier de L’Ordre du Mérite, atribuídas pelo Governo francês e o título de comendador da Ordem de Santiago da Espada.

12. LARANJO

Serigrafia/ 37,5x27,5cm
150,00 €

Francisco Laranjo, 1955
Natural de Lamego, é no Porto que mantém atelier e desenvolve a sua vida profissional. Concluiu o curso da ESBAP em 1978, escola onde é actualmente professor. Foi bolseiro da BCG e da JNICT em Portugal e no estrangeiro. Foi premiado em 1978 (Fundação Engº António de Almeida), na ARÚS 82 e na exposição inserida no 1º Congresso Internacional sobre o Rio Douro em 1986. Para lá do ensino e da pintura tem-se dedicado à escrita sobre arte e sobre o ensino artístico. A obra de Francisco Laranjo tem vindo a desenvolver-se no quadro de um abstraccionismo gestual, amplo, de grandes tensões e de uma grande liberdade pictórica. As suas obras espelham uma factura despojada em que sobressai o grande gesto e o valor intrínseco da cor. Exposições: - INDIVIDUAIS: 1978 - ESBAP / 1981 - Fundação Engº António de Almeida, Porto / 1982 - Galeria Roma e Pavia, Porto / 1984 - Galeria Módulo, Porto / 1989, 90 e 93 - Galeria Nasoni, Porto / 1989 e 94 - Interart Gallery, Holanda / 1992 - Galeria 5, Coimbra / 1996 - Árvore, Porto - COLECTIVAS: 1978, 80 , 84, 86 e 95 - Bienais de V. N. Cerveira / 1980 - Exposição Colectiva da Cooperativa Árvore, Porto / 1981 - Lis' 81, Lisboa / 1982 - ARÚS, MNSR, Porto / 1984 - O Porto, Árvore / 1986 - HIV Exposição de Artes Plásticas da BCG, Lisboa / 1987 - 2ª Bienal de Arte dos Açores / 1988 - 25 anos 44 artistas, Árvore / 1990 e 91 - HIV e IV Exposições de Pintura e Escultura da AIP / 1993 - Tendências da Arte Contemporânea em Portugal, Vila da Feira / 1994 - El Duero que nos une, Zamora e Salamanca / 1995 - ESBAO/FBAUP, Alfândega do Porto. Colecções: CAM-FCG, Lisboa / Fundação de Serralves, Porto Bibliografia Activa: Em torno de uma ideia de técnica em pintura, Porto, Nova Renascença, 1984 / Ensino (O) Artístico e as Belas Artes, VI Congresso Ibérico das Escolas Superiores e Faculdades de Belas Artes, Porto, 1981 / Porto (O) e a Cultura, Porto, Encontro Nacional da APEVEC, 1992 Bibliografia Passiva: PERNES, Fernando - Sobre Francisco Laranjo, in "Colóquio Artes", nº 56, 1983 / ROCHA DE SOUSA - Do paradoxo à obra aberta, Catálogo de exposição, Coimbra, 1992

11. JÚLIO POMAR

Serigrafia/ 43,5x35,5cm
1250,00 €

Nasceu em Lisboa em 1926. 
Frequentou as escolas superiores de Belas Artes de Lisboa e Porto. 
A sua primeira exposição individual realizou-se em 1947 na cidade do Porto. Desde então tem realizado exposições principalmente em Lisboa e Paris, onde reside desde 1963. 

Exposições Individuais (selecção) 
1947 Pomar, 25 desenhos, Galeria Portugália, Porto 
1950 Pomar (pinturas, desenhos, esculturas e cerâmicas), Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa 
1951 Pomar (pinturas, desenhos, esculturas e cerâmicas), Galeria Portugália, Porto 
1952 Pomar (desenhos, monotipias, cerâmicas), Galeria de Março, Lisboa 
1956 Vidros, com Alice Jorge, Galeria Rampa, Lisboa 
1960 Pomar – Obras sobre o tema de D.Quixote, Galeria Gravura, Lisboa 
1962 Júlio Pomar, Galeria Diário de Notícias, Lisboa 
1963 Júlio Pomar, Galeria Diário de Notícias, Lisboa 
1964 Júlio Pomar,Tauromachies, Galeria Lacloche, Paris 
1965 Júlio Pomar, Les Courses, Galeria Lacloche, Paris 
1966 Júlio Pomar,Obras Recentes (1963-1965), Galeria de Arte Moderna da SNBA, Lisboa 
1967 Júlio Pomar, Gravuras 1956-63, Galeria Gravura (exposição comemorativa dos dez anos de «Gravura»), Lisboa 
Pomar - Desenhos para Pantagruel, Galeria 111, Lisboa 
1973 Pomar 69/73, Galeria 111, Lisboa 
1978 Júlio Pomar,L’Espace d’Eros (pinturas e desenhos), Galeria La Différence, Bruxelas 
Exposição Retrospectiva, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; Centro de Arte 
Contemporânea, Museu Nacional Soares dos Reis, Porto; Maison de la Culture de 
Wolluwe Saint-Pierre, Bruxelas (selecção, 1979). 
1979 Pomar, Théâtre du Corps – vingt peintures récentes , Galeria Bellechasse, Paris 
Pomar, Trabalho de Férias («assemblages» e desenhos para Corpo Verde), Junta de Turismo da Costa do Estoril, Cascais; Galeria de Arte Moderna, SNBA, Lisboa 
1981 Júlio Pomar(pinturas e desenhos), Galeria Glemminge, Glemmingebro, Suécia 
Pomar, Les Tigres – peintures récentes,Galeria Bellechasse, Paris 
1982 Pomar - retratos desenhados dos anos 70, Galeria Glemminge, Glemmingebro, Suécia 
Pomar, Os Tigres (pinturas, desenhos, azulejos), Galeria 111, Lisboa 
1984 Pomar, Ellipses – peintures récentes, Galeria Bellechasse, Paris 
Pomar, 1 ano de desenho – 4 poetas no Metropolitano de Lisboa, Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa 
1985 Pomar, Lembrança de Bocage (desenhos), Casa de Bocage, Setúbal 
Pomar, Páginas de Álbum – Desenhos de Bichos, Clube 50, Lisboa 
Pomar, Raptos de Europa e 7 Histórias Portuguesas,Galeria 111, Lisboa
1986 Pomar - Exposição Antológica, Museu de Arte de Brasília; Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, São Paulo; Paço Imperial do Rio de Janeiro com a colaboração do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (1987)
Júlio Pomar (desenhos), Galeria d’Arte, Vilamoura 
1987 Pomar, O Gran’Circo Lar (20 desenhos para o Circo de Brasília), Galeria Paulo Figueiredo, Brasília; Galeria Ana Maria Niemeyer, Rio de Janeiro; Galeria Paulo Figueiredo, São Paulo 
Júlio Pomar (desenhos), Galeria Gilde, S.Torcato, Guimarães 
1988 Pomar, Os Mascarados de Pirenópolis, ARCO, Madrid (Galeria 111);Galeria111,Lisboa 
Pomar (desenhos), Galeria da Universidade, Braga 
1989 Júlio Pomar - Exposição Antológica de Pintura, Galeria do Leal Senado, Macau 
1990 Pomar, Los Índios, ARCO, Madrid (Galeria 111, Lisboa) 
Pomar/Brasil, Palácio Gustavo Capanema, Rio de Janeiro; Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, São Paulo; Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa 
Pomar, Les Indiens, Galeria Georges Lavrov, Paris 
1991 Pomar et la Littérature, Hôtel de Ville de Charleroi, Bélgica 
Publicação de Les Mots de la Peinture, ed. De la Différence, Paris
1992 Pomar – Anos 80, Galeria Trem, Câmara Municipal de Faro 
1993 Pomar – Anos 80 (exposição itinerante), Galeria Municipal de Almada; Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, Amarante; Museu Grão Vasco, Viseu; Museu José Malhoa, Caldas da Rainha; Cooperativa Árvore, Porto; Palácio Galveias, Lisboa 
Caracóis, azulejos, Galeria Ratton, Lisboa 
1994 Fables et Portraits, Galeria Gérald Piltzer, Paris 
O Paraíso e outras Histórias/Paradise and other Stories, Lisboa’94 – Capital Europeia da Cultura, Culturgest, Caixa Geral de Depósitos, Lisboa 
1996 Cinco Figuras de Convite, azulejos, Galeria Ratton, Lisboa 
L’Année du Cochon ou Les Méfaits du Tabac, Galeria Piltzer, Paris 
1997 D.Quixote por Júlio Pomar (1958-97), Bienal de Cascais, Centro Cultural da Gandarinha, Cascais 
Peinture et Amazonie, Festival de Biarritz 
Les Joies de Vivre, GaleriaPiltzer, Paris 
1998 Desenhos de Júlio Pomar – Colecção de Ernesto de Sousa Anos 40, Biblioteca Municipal de Vila Franca de Xira 
Júlio Pomar - Os Aforismos Mágicos de António Osório e outros Livros de Poemas, Casa Fernando Pessoa, Lisboa 
Os Azulejos de Júlio Pomar: Estudos, Lembranças, Provocações, Biblioteca Municipal Calouste Gulbenkian, Ponte de Sor 
Pomar - Obra Gráfica, Cinco Linhas Temáticas, Maia, Cascais e Cantanhede 
Painel Rei Salomão/Tribunal da Moita, Galeria Lino António, Escola António Arroio, Lisboa 
1999 Ulisses e as Sereias, Pintura e Tapeçarias,Galeria da Manufactura e Tapeçarias de Portalegre, Lisboa Júlio Pomar-Os Aforismos Mágicos de António Osório e outros Livros de Poemas, Casa Fernando Pessoa, Lisboa 
Obra Gráfica-O Povo, A Festa, Eros, Animais Sábios, Ficções, Casa Municipal da Cultura, Cantanhede 
Alguns Touros de Júlio Pomar, Clube Vilafranquense, Vila Franca de Xira Júlio Pomar-Obra Gráfica, Arquivo Distrital de Leiria
La Chasse au Snark, l’Entrée de Frida Kahlo au Paradis, Contes Moraux, Galeria Piltzer, Paris 
Júlio Pomar, Obras da Colecção Manuel de Brito, Fundação Oriente, Macau
2000 La Chasse au Snark, l’Entrée de Frida Kahlo au Paradis, Contes Moraux, Galerias Salander-O’Reilly, Nova Iorque

10. JÚLIO CAPELA

"Mulher Pensativa"/ Serigrafia/ 35x52 cm
Nº de Série 8/30
275,00€

JÚLIO CAPELA CRUZ
Nome artístico CAPELA
Nasceu no Porto, 2/7/1945. Licenciatura em Pintura – Fac. Belas Artes Porto, 1970.

ACTIVIDADE ARTÍSTICA
2011
Exposição individual Ordem dos Médicos, Porto.
Exposição colectiva Galeria Olhos D’Arte, Porto.
Exposição- Leilão Cooperativa Artistas de Gaia.
XXVI Exposição colectiva dos Sócios da Árvore.
2010
Execução de 3 séries Serigrafias para a AICCOPN. Exposição – Leilão Artistas de Gaia e Colectiva de trabalhos recentes.
XXV Exposição colectiva dos Sócios da Árvore.
2009
Exp. Col. Coop. Árvore.
Exp. Individual Clube de Golf Ponte de Lima
Exp. Individual Hotel Áxis Viana do Castelo.
Exp. Colectiva “Ao redor do Touro” Galeria Vieira Portuense, Porto.
2008
Exp. Col. Gal. Projecto, V. N. Cerveira.
Execução de 4 Pinturas – alusivas aos 750 anos Foral V. Castelo.
Exp. Individual Galeria da Câmara Municipal de Caminha.
2007
Exp. Col. “ Arte no papel” Gal. Interatrium. Porto.
Exp. “Espólio de Arte, Inst. Politécnico V. Castelo”, ”in memoriam” ao Prof. Lima de Carvalho.
2006
Exp. Col. “ O Porto no séc XXI” Gal. Interatrium.
2001
Exp. Casa Crivos, Braga.
2000
Exp. Col., II Bienal de Artes Plásticas, Maia.
1996
Ed. Serigrafia Temática sobre o Douro para Congresso Internacional Estomatologia.
Exp. Ind., Vigo, BBV.
1995
Exp. Col. Bienal de Pontault-Combault. França.
Exp. Gal. Cordeiros, Porto.
1993
Exp. “Cidade do Porto”, Congresso de Cardiologia, Porto.
Execução de um painel de azulejos em Viana do Castelo.
1991
Exp. Ind., C. M. Felgueiras.
II Exp. Artes Plásticas, Gov. C. V. Castelo.
Serigrafia para a AIP.
Part. Simpósio Offset Arte, V. P. Âncora
1990
Men. Hon. Desenho, 13º Cong. Mundial Dadores de Sangue.
Exp. Comem. Invenção do Lápis, Coop. Árvore.
Exp. Ind. Gal. Interatrium, Porto.
1989
1º Prémio Pintura, Palácio Nacional de Sintra.
Exp. “Lisbon and Surrounding, Artística”, Lisboa.
1988
Exp. “Porto em aguarela” Gal. Barredo, Porto.
Exp. Col. Pintura do B.T.A.
1986
Exp. “Doze Aguarelistas do Porto”, Galeria Roma e Pavia, Porto.
1º Cong. Int. Rio Douro.
1985
Operação “Ensino Árvore “Palácio de Cristal. Porto
Exp. Ind. em Amarante.
Exp. Col., Monte Gordo, C. Estoril, “Artes Plásticas Portuguesas Contemporâneas” Bordéus.
Exp. Ind. Galeria Dois-Porto; Pousada D. Dinis, V.N. Cerveira.
II Bienal de Desenho 85, Árvore, Porto
1984
Prémio de Desenho Exp. Temática”, V. N. Gaia vista pelos Artistas”
Exp. Col. Serigrafias-Ferrol. Espanha
1ª Exp. Artes Plásticas, C. M. Porto.
1983
Exp. Col. Coop. Árvore.
1982
1º Prémio no Festival Internacional de Cinema Internimas 82,Lisboa.
1981
Exp. Col., Galeria Espaço, Porto1980
Exp. Col. da Árvore, Lisboa.
1978
Realizou Filmes Raiz Etnográfica
1º Prémio Internacional de Cinema não-profissional do Algarve.
1975
Exp. Col. “12 Jovens Artistas” Gal. Espaço, Porto.
Colectiva Encontros Internacionais de Arte, V. Castelo, (Inicio Bienais V. N. Cerveira).
1972
Colecção de Posters em Vigo.
1969
Experiências de Pintura em Cinema Animação
Exp. Magnas 1965 a 68, aluno da ESBAP
Participação em diversas Bienais de V. N. Cerveira

Representação em Colecções Particulares, nomeadamente:
Banco Espírito Santos, Banco Português de Investimento, Banif, Banco Bilbao, Banco Totta e Açores, Caixa Geral de Crédito Agrícola, Caixa Geral de Depósitos.
Associação Industrial Portuense, Associação Industrial e Obras Oúblicas do Norte, AICCOPN
Câmara Municipal de Felgueiras, Câmara Municipal de Viana do Castelo, Instituto Politécnico de Viana do Castelo.
Coleção de Ernest Lieblich.

9. JORGE GUMBE

Serigrafia 4/150/ 42x30 cm
200,00€  (c/moldura)
150,00 €  (s/moldura)

Artista plástico angolano, Jorge Gumbe nasceu em 1959, em Dembos (Angola).
Entre 1972 e 1976, estudou Artes Visuais, na Escola Industrial de Luanda e, em 1978, frequentou o Curso de Instrutores de Artes Plásticas, na Secretaria de Estado da Cultura. Em seguida, partiu para Cuba, onde se graduou, em 1981, em Pintura e Desenho, na Escola Nacional de Arte de Havana. 
Em 1984, fez um estágio de Pedagogia de Arte, Cor e Forma, na Konstfackskolan, Instituto Superior de Arte de Estocolmo (Suécia) e, em 1987, frequentou o Curso Internacional sobre Política Cultural e Cultura de Massas, no Institui Für Weiterbildung der DDR (Instituto de Formação e Qualificação de Dirigentes do Ministério da Cultura da República Democrática Alemã), em Berlim.
Entre 1985 e 1986, exerceu o cargo de Secretário Geral da União Nacional de Artistas Plásticos, foi Diretor da Escola Média de Artes Plásticas do Instituto Nacional de Formação Artística e Cultural, Diretor da Secretaria de Estado da Cultura e Professor de Desenho Básico Tridimensional e Pintura. Em 1985, decorou as instalações do Consulado de Angola, no Congo. 
Em 1986, Jorge Gumbe, foi convidado pela Autoridade Alemã de Intercâmbio Académico da Républica Federal da Alemanha para conhecer alguns museus e galerias, assim como para relacionar-se com outros artistas plásticos nas cidades de Bona, Colónia, Düsseldorf, Munique, Asch, Estugarda e Frankfurt; em 1998, foi convidado pela União Federal de Artistas Jugoslavos, onde pintou vários quadros. 
Em 1994, o artista licenciou-se em Educação Visual e Tecnológica, pela Escola Superior de Educação de Viana do Castelo, em Portugal. 
Realizou exposições em vários países, entre eles a Roménia, Brasil, Suécia, França, Portugal, União Soviética, Congo e Senegal. Em 1996, recebeu o Prémio Ensa de Pintura.

8. ISABEL LAGINHAS

“Paisagem Abstracta”/ Serigrafia 73/200/ 1990/ 29,5x40cm
250,00€

Isabel Laginhas nasceu em Lisboa em 1942. Dedica-se à pintura, design, tapeçaria.
Estudou em Lisboa.
Exposições individuais desde 1969.
Sociedade Nacional de Belas-artes
Junta de Turismo da Costa do Sol
Hambuego (1970)
Está representada em colecções do Estado

7. ANTÓNIO-LINO

“Tempestade no Douro”/ Serigrafia 62/150/ 33x22 cm
170,00 €  (c/moldura)
150,00 €  (s/moldura)

E FUI, UMA VEZ INDEPENDENTE, vivendo do profes­sorado efectivo na Afurada (na foz-do-Rio-Douro), e, aos poucos, continuando a frequentar a Escola de Belas-Artes do Porto. Independência que norteou a minha vida de artista. Na escola a amizade e a riqueza de convívio e conhecimentos de Mestre Dordio Gomes e dos condiscípulos Júlio Resende, Manuel Guima­rães, Israel Macedo, Maria e Rosa Moutinho, Amândio Silva...

Professor, ao diante, do Ensino Técnico e da Escola de Arte Aplicada, em Guimarães e Lisboa, de 1942 a 1948. Trabalhei em grandes painéis de mosaico, azulejo e mármore gra­vado a ouro, nas basílicas de Damasco (Síria) e Nazareth (Israel). É costume dizer-se: ir a Roma e não ver o Papa. Em 1951 parti, a seguir à inaugura­ção duma exposição individual no Museu de Arte Moderna de Madrid, para Roma, convi­dado para a inauguração da (Igreja de Santo Eugénio. Cheguei quando já era impossível entrar no templo. Conversa com o comandante da Guarda Pontifícia que só encontra uma solução: entrar pelo exte­rior da sacristia de que tem a chave. Abre-me a porta, convida me a entrar rapidamente, fechando-a em seguida. Na minha frente, encontro, de pé sozinho, a figura imponente, na sua simplicidade, de Sua Santidade o Papa Pio XII. Mais tarde fiz uma série de dese­nhos, no Vaticano e em Castel Gandolfo, do mesmo Papa Falar de Itália, de Piero della Francesca, Masaccio, Paolo Uccelo e Signoreili ou Giotto, Carpaccio e Pisanello, seria um mundo de encantamento sem fim a descrever. Já em 1948, na minha primeira exposição individual, escrevera: a paisagens o retrato e o pequeno esboceto, somente me interessam cora meio de estudo; e a aguarela pela facilidade com que se pod­e traduzir com mais pureza a primeira impressão emociona: Tudo como meio de se atingir uma finalidade: a grande composição mural.

NÃO QUERIA ESQUECER o encontro com Fernando Pessoa; - quando saiu a edi­ção de Mensagem copio-a à máquina, em maiúsculas, a azul e vermelho. Mais tarde a minha TESE do Curso Superior de Pin­tura da Escola Superior de Belas-Artes do Porto, tem como tema El-Rei D. Sebastião, com versos de Fernando Pessoa: Mensagem — A Rosa do Encoberto. A composição e a cor, os elementos que considero essenciais na pintura. Nessa linha, tenho seguido, bem ou mal, mas independente, como sempre, sem me deter na colecção de críticas, pré­mios, medalhas ou vendas comerciais. Fina­lidade sentida: a Arte Religiosa.



ANTÓNIO-LINO Pires Da Veiga Ferreira Pedras, de nome. Nasci em Guimarães a 9 de Março de 1914, de Antiga Família trans­montana. Depois do curso do liceu, em Gui­marães, Braga e Porto, o Curso do Magis­tério Primário em Braga, com 16 valores no exame de Estado feito, em 1936. Professor efectivo na Afurada (Gaia). Em 1937, fre­quência de desenho na Escola de Belas-Artes do Porto. Em 1941, regresso à Escola de Belas--Artes, terminando o Curso Superior de Pintura com 19 valores na TESE em 1945. Professores: Mestres Teixeira Lopes (escul­tura), Acácio Lino (desenho) e Dordio Gomes (pintura). Em 1949 parti para o estrangeiro com largas estadas em Espanha, França, Alemanha e Itália, onde estudei tapeçaria, fresco, vitral e mosaico e fiz muitos apon­tamentos que expus em Espanha e Itália. Em 1957 visitei a Escandinávia (expus em Oslo e Helsínquia), a Suécia, Dinamarca, Alemanha, Holanda, Bélgica, Áustria e Suíça são pontos de encontro. Em 1964 concorri para professor da Escola de Belas-Artes de Lisboa. A partir de 1965 visitei a Grécia, o Líbano, a Síria, Israel, Turquia, Chipre e Inglaterra. Da numerosa colecção de apontamentos de desenho, gravura, mototipias e óleo, fiz algumas exposições em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente no Museu de Arte Moderna de Madrid e, seleccionada pelo escritor e crítico de Arte, Leonello Venturi, no atelier do Beato Angélico, em Santa Maria Sopra Minerva em Roma. Tenho trabalhos em museus e colecções particulares nacionais e estrangeiras. Alguns prémios.

NAS QUATRO EXPRESSÕES de pintura mural — fresco vitral, tapeçaria e mosaico — me tenho realizado, a partir d 1952, depois de estudar as obras e a tecnologia destas e pra­ticá-las em sistemático trabalho de oficina.


Em 1951 fiz no Vaticano 18 palestras sobre Arte Cristã.: das Catacumbas à Arte Abstracta. Colaborei em vários jor­nais e revistas nacionais e estrangeiras com artigos sobre Arqueologia, História e Crítica de Arte, e, artisticamente, cor, desenhos e gravuras; na Enciclopédia Verbo e no Dicionário da Pintura da Cor, com artigo, sobre Belas-Artes e Tecnologias da Pintura; dirigi e ilustrei (com desenhos, monotipia e gravuras), livros de Literatura e Arte.


Nas viagens pelo estran­geiro descobri e identifiquei várias obras de interesse para a Arte Portuguesa, tendo noti­ficado disso, por escrito e com documentos fotográficos, a Direcção do Museu de Arte Antiga.


Fui um dos fundadores do Grupo Independentes do Porto, que promoveu exposições no Porto, Braga, Coimbra e Lisboa, e do Movimento de Renovação de Arte Religiosa. Tomei parte em congressos de Arte e Arqueologia em Portugal e no Estrangeiro, apresen­tando teses. Actualmente sou professor de Tecnologias da Pintura, Mosaico e Vitral, na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa.


António-Lino da Veiga Ferreira Pedras nasceu em Guimarães em 1914.
Depois do curso dos Liceus fez o curso do Magistério Primário, tendo 16 valores em exame de estado.
Frequentou durante 2 anos o curso de desenho da escola de Belas Artes do Porto, com altas classificações, até ser nomeado professor efectivo do ensino primário.
Regressou à Escola de Belas Artes em 1951 onde terminou o curso superior de Pintura com 19 valores e 1945.
Foi discípulo dos mestres Teixeira Lopes, Acácio Lino e Dórdio Gomes.
Foi professor de Ensino Técnico até 1949, exercendo nessa altura na Escola de Artes Decorativas de António Arroio de Lisboa; partiu para Espanha, França e Itália, onde permaneceu até 1965.
Percorreu todas as grutas pré-históricas de Espanha e França.
Estudou tapeçaria em Espanha, França, Bélgica, vitral em Chartres (França) e Alemanha, mosaico em Florença, Ravenna e Veneza.
Foi bolseiro do Estado Italiano através do Instituto de Alta Cultura de Portugal.
Visitou, além dos principais Monumentos e Museus dos Países já mencionados, os da Áustria, Suíça, Bélgica, Holanda, Alemanha, Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca, Grécia, Líbano, Síria, Palestina, Turquia, Chipre, Norte de África e Inglaterra.
Fez uma numerosa colecção de apontamentos em desenho, aguarela, monotipia, gravura e óleo, dos países em que viveu, obra que expôs em Portugal e no Estrangeiro. Já na sua primeira exposição individual no SNI escrevia: “A Paisagem, o retrato, o pequeno apontamento, o desenho, a aguarela, a gravura e o óleo, somente lhe interessam como meio de estudo. Tudo para atingir uma finalidade: A grande Composição Mural” (in catálogo de Outono de 1948 – Lisboa). Nas quatro expressões de pintura mural, fresco vitral, tapeçaria e Mosaico, se tem realizado principalmente a partir de 1952. Primeiro estudando a obra dos grandes Mestres do passado; depois estudando toda a tecnologia destas expressões e praticando-as em sistemático trabalho de oficina.
Isso permitiu-lhe conhecer a riqueza e as limitações que cada expressão artística nos pode dar, sem surpresas e alterações possíveis a quem se não integrou no Fresco, no Vitral transporta em cal, vidro, lã ou pedra…
Tomou parte no Congresso Internacional de S. Furtoso em Braga, onde apresentou a comunicação: A Evolução dum sistema arquitectónico da Construção do Séc. IV de Júlia Concordia Sagitacia à Construção do Séc. VII – Dume: das Capelas Tumulares do Séc. I aos Baptistérios do Séc. XI. Colaborou com cartões para Grandes Composições musivas (1.000 m²) com a vida do Infante D. Henrique, com os grupos que foram classificados em 2º e 3º lugar no concurso para o monumento de Sagres.
Fez 18 palestras no Vaticano sobre Arte Religiosa das Catacumbas à Arte Moderna (Um verdadeiro curso de Arte Cristã, como escreveu uma alta personalidade religiosa em carta para S. S. Pio XII). Foi felicitado pessoalmente por S. S. Pio XII.
Fez vários desenhos deste Pontífice no Vaticano e em Castel Gandolfo.
Possui cartas de Mons. Montini, depois de Papa Paulo VI, agradecendo em nome do Papa Pio XII.
Tem escrito artigos sobre arqueologia, História e Crítica de Arte e colaborado artisticamente com desenhos e gravuras em Jornais e Revistas nacionais e Estrangeiras.
Colaborador efectivo da Enciclopédia da Editorial Verbo, na secção de Belas Artes.
Tem dirigido e ilustrado Livros de Literatura e Arte.
Fez uma conferência sobre Nossa Senhora nas Artes Plásticas, nas comemorações nacionais do Cinquentenário de Fátima. Pertence desde Jovem à Sociedade de Arqueologia de Martins Sarmento, Guimarães.
Identificou a Casula riquíssima, sob cartão de Botticeli, do Museu de Poldi, Pezzoli de Milão, como sendo dum Infante da Casa de Aviz de Portugal, o Cardeal D. Jaime.
Descobriu no armazém do Museu de Messina uma grande composição de grande interesse para o estudo do Politico encontrado em S. Vicente de Fora.
De tudo isto deu conhecimento e entregou fotografias ao senhor Dr. João Couto, Director do Museu de Arte Antiga.
Seleccionado pelo Escritor e Filósofo de Arte Prof. Leonello Venturi, fez uma exposição individual no antigo «Estudio» de Frei Angelico, em Roma.
Comunicou ao Superintendente das Belas Artes, Prof. Bertini Calomo, com quem manteve correspondência, a descoberta duma constante Fisionómica, desde a sua primeira obra de encomenda o Anjo Candelabro de S. Domingos de Bolonha, no S. Próculo, em algumas figuras do grupo das «PIETÀ», no David, ais retratos de Miguel Ângelo da «Galeria Delgi Uffizi» de Florença, da Escultura do Louvre e do Desenho de Francisco de Holanda, que foi declarada de muito interesse.
Dirigiu várias visitas aos Museus de Roma e Vaticano com alunos da Universidade Gregoriana; e a pedido do Colégio Pontifício Português fez várias palestras sobre Arte, mantendo prolongados diálogos com a assistência.
Deu uma lição sobre arqueologia e dirigiu uma visita ao museu arqueológico de Belém, um curso de cultura para professores do ensino primário oficial.
Faz parte de um pequeno grupo de Guimarães que apresentou um plano, que deu origem ao programa das comemorações centenárias de 1940.
Prestou provas no concurso para professor da ESBAL em 1964, onde exerceu o ensino de Tecnologias de Pintura até atingir o limite de idade em 1984.
Foi fundador do grupo do Porto que realizou a série de Exposições dos Independentes desde 1943 no Porto, Coimbra, Braga e Lisboa,
Foi sócio fundador do movimento de renovação de Arte religiosa.
Foi Director dum Semanário Nacionalista em Guimarães, que sempre lutou pela Salvaguarda do património da Região, e deu importância aos problemas da Arte.
Foi prémio das 3 Artes a nacional de Desenho e tem obras suas em Museus e em Colecções Particulares Nacionais e Estrangeiras.
Foi aluno de Filosofia, de Leonardo Coimbra. Foi convidado pela Dr. Arão de Lacerda para seu assistente de História de Arte quando Prof. da Fac. de Letras, da Universidade de Coimbra, não se concretizando pelo seu falecimento. Possui na sua biblioteca alguns Possui na sua Biblioteca alguns Milhares de Livros so­bre Filosofia, História D'Arte, Monumentos, Artistas.e Escolas, Mono­grafias de Arte, Museus, Estética, Técnicas `D'Arte, Biografia. Iconografia, Exposições de Arte e Revistas de Arte; Além de nume­rosos Livros de Literatura, Religião, Turismo e Escritores Gregos e Romanos. Em Vitral, Mosaico; Tapeçaria e Fresco tem realizado até agora cerca de mil metros quadrados, em Igrejas, Palácios de Jus­tiça, Camaras Municipais, Palácios Nacionais e casas particulares em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente na grande Basílica de Nazareth (Terra Santa, Israel) e, na Basílica de Damasco, na Síria Tomou parte na organização do congresso Histórico da Colegiada de N2 Sá da Oliveira onde apresentou duas comunicações. Foi editada agora Pelo Instituto Fontes Pereira de Melo, que lhe deu o Prémio Amaro da Costa, a Monografia de Guimarães e seu termo.

6. ANTÓNIO SAMPAIO

"Paisagem com papagaio"/ Serigrafia/ 38x55 cm
450,00 € (c/moldura)
400,00 €  (s/moldura)


António Sampaio
1916-1994
Pintor e professor

António de Assunção Sampaio nasceu no n.º 3 da Rua Luís de Camões, em Vila Nova de Gaia, a 19 de Agosto de 1916. Era filho de Armando Sampaio e de Zélia de Assunção Sampaio e irmão de Armando Artur, Vítor, Maria Lígia e José Heitor.
O pai foi oficial do exército e Administrador de Caconda, em Angola e quando regressou a Portugal desenvolveu a atividade de comerciante, tendo sido o proprietário da Pensão Aviz, no Porto.

Durante a infância, António Sampaio frequentou a "Escola das Palhacinhas", situada na Rua Direita, em Vila Nova de Gaia (1923-1927) e também estudou no Colégio Universal (1928-1929), no Porto.
Com 14 anos de idade inscreveu-se no curso Preparatório da Escola de Belas Artes do Porto, sem o conhecimento do pai, para cursar Pintura.
Nesta Escola conviveu com outros futuros artistas plásticos e arquitetos como Abel Moura, Guilherme Camarinha, Januário Godinho, Fernando Távora, Nadir Afonso e Dominguez Alvarez.

Capa de Livro de Homenagem a António SampaioEm 1932 ingressou no Curso Especial de Pintura da ESBAP. Durante a licenciatura realizou decorações murais para estabelecimentos comerciais e equipamentos culturais, assim como obras oficiais, nomeadamente os trabalhos em parceria com Abel Moura para a Exposição Colonial do Porto.

Terminado o percurso académico, António Sampaio ingressou no Curso Superior de Pintura (1937-1944), também na ESBAP, no qual foi discípulo de Dórdio Gomes e de Joaquim Lopes; nesse tempo, conciliou os estudos com o trabalho na "Cerâmica Lusitânia" (1937-1944).

Em 1938 vendeu as suas primeiras pinturas a destacadas personalidades portuenses.
No ano seguinte, associou-se a uma tertúlia cultural de oposição política ao Estado Novo, que reunia no Café Majestic, na Rua de Santa Catarina, Porto, e era frequentada por gente como Eduardo Santos Silva, Virgínia Moura, Artur Vieira de Andrade e Januário Godinho.

Em 1940, fundou com outros tertulianos a Sociedade Editora Norte, que publicou um jornal clandestino. Continuou os estudos como pensionista do legado Ventura Terra e venceu o primeiro de vários galardões: o Prémio Rodrigues Soares.

Em 1941 estreou-se a expor de forma individual, no Salão Silva Porto, no Porto. Desde essa data até 1993 não deixou mais de o fazer. Fez-se representar em numerosas exposições individuais em Portugal (Porto, Vila Nova de Gaia, Amarante, Viana do Castelo, Braga, Póvoa de Varzim, Ofir, Vila Praia de Âncora e Leiria), em Londres e Nova Iorque.

Entre 1943 e o início dos anos 90 participou, com frequência, em exposições coletivas, patentes ao público em instituições como a Sociedade Nacional de Belas Artes, o Secretariado Nacional de Informação, o Museu Nacional Soares dos Reis e o Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso e associou-se às mostras dos "Independentes" e às Bienais de Cerveira.

Entre 1944 e 1947 partilhou ateliê com os arquitetos Paulo Alijó, Moura da Costa e Sequeira Braga.

Entretanto, em 1945 apresentara a tese na ESBAP, casara com Marie Thérèse Beyer de quem teve duas filhas (Maria Antónia, 1949 e Maria Teresa, 1951) e iniciara uma longa carreira de docente do ensino secundário.

Em Dezembro de 1947 partiu para Paris, cidade onde se manteve até ao verão de 1948. Durante esse período frequentou as academias La Grande Chaumière e Julian, os ateliês dos pintores André Lhote e Fernand Léger e o ateliê de fresco de Duco de La Haix, assim como gravura na Escola de Belas Artes. Conviveu com Júlio Resende, Nadir Afonso, com o poeta André Figueiras. Passou pelo atelier de Vieira da Silva e Arpad Szenes e fez gravura, estudos de nus, cenas de interior e vistas citadinas, para além de pequenos trabalhos (assinados "Jean Luc" e "AS") que enviou para serem vendidos em Portugal.

Fotografia da Escola Secundária  Infante D. Henrique, PortoDurante os anos cinquenta, instituiu a Academia Alvarez com Jaime Isidoro, no n.º 171, 1.º andar, da Rua da Alegria, no Porto (1954), organizou as atividades culturais do Carnaval para o Clube Nacional de Montanhismo (1957), criou um Atelier Livre na Rua Formosa (1954) e ajudou a criar o efémero grupo "Ceramistas Modernos" (1961).

Durante os cerca de 30 anos de ensino trabalhou em diversas escolas, como na Escola Industrial Infante D. Henrique e na Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis, no Porto, na Escola Industrial de Viana do Castelo, na Escola Industrial de Oliveira de Azeméis, na Escola de Cerâmica de Viana do Alentejo, em escolas da Covilhã, de Faro e de Lisboa e na Escola Secundária de Monserrate, em Viana do Castelo, onde se reformou em 1986.

Fotografia de um quadro de António SampaioNo decurso da sua carreira artística ilustrou a obra "Sede" de António Ramos de Almeida (1942), livros escolares de Pedro Homem de Melo e postais de sabor etnográfico (1944). Com o arquitecto António Neves desenhou brasões para ornar reposteiros de solares (1938). Decorou casas comerciais da baixa portuense, tendo, entre outros, pintado os frescos da pastelaria Bocage, na Rua de Santo Ildefonso, e um fresco para o Cinema Batalha. Em 1954, realizou trabalhos de motivos alentejanos (cerâmica, aguarelas e desenhos). Retratou figuras da sociedade como Joaquim Carvalho, benemérito do Coliseu (1941), Maria José Mariani (1944) e a sobrinha-neta de Teixeira de Pascoaes (1950). Explorou as potencialidades artísticas da cerâmica, tendo, por exemplo, executado painéis cerâmicos para uma fábrica (1964) e para um hotel (1972) em Espinho. Pintou e desenhou paisagens, designadamente de Sintra, do Minho, do Marão e lugares sossegados e enigmáticos, numa fase de afastamento da vida pública (1975). Foi autor de telas naïf e associou-se ao Instituto de Apoio à Criança, nos anos 90. Produziu cartões para tapeçarias executadas na "Manufactura de Tapeçarias Muro" e para o Hotel Praia-Golfe de Espinho.

António Sampaio teve muitas moradas. Depois do casamento trocou Vila Nova de Gaia pela Quinta do Mirante, em Águas Santas, propriedade dos seus sogros. Entre 1950 e 1952 alugou casa em Ofir, onde passou várias temporadas. Dois anos depois transferiu-se para Viana do Alentejo. Em 1955 voltou ao Porto e, em 1958, depois da venda da quinta na Maia, alugou uma casa na Rua de S. Crispim. Em 1961 mudou-se para a Rua do Seixal. No ano seguinte edificou a "Casa do Rio", em Gondomar, riscada por Fernando Tudela e para a qual se mudou em 1963. Mais tarde, em 1978, adquiriu uma casa em Gouvim, Gondarém, nas proximidades de Vila Nova de Cerveira, que começou a restaurar em 1979, numa altura em que residia simultaneamente em Gondomar e Afife. Aí se veio a fixar na década de oitenta.

Fotografia de Pedro Homem de MelloEm todos os locais onde estudou, trabalhou e habitou, ao longo da sua vida, rodeou-se sempre de amigos, como os pintores Dominguez Alvarez e Carlos Carneiro, o escultor Arlindo Rocha, os poetas Pedro Homem de Melo, Teixeira de Pascoaes, Sebastião da Gama, Júlio/Saúl Dias e António Porto-Além, o violinista Herberto de Aguiar, a escritora Luísa Dacosta, os irmãos Ernesto e Eduardo Veiga de Oliveira, Alexandre e Júlia Babo e o mestre ceramista Lagarto. Entre os anos 60 e o 25 de Abril de 1974 recebeu gente das artes e do jornalismo no seu ateliê da casa de Gondomar.

António Sampaio foi também um curioso viajante. Conheceu profundamente o Minho e, após o casamento, visitou S. Pedro do Sul, Lisboa, Sintra, Arrábida e o Algarve. Deslocou-se aos grandes museus de Espanha e da França. Percorreu a Alsácia, terra natal da sua mulher, a Bélgica, a Itália e a Inglaterra, e regressou várias vezes a Espanha e a França.

Morreu na sua casa de Gouvim, a 27 de Março de 1994.

Em 2016 foram-lhe dedicadas duas exposições póstumas: 100 anos do nascimento de António Sampaio, patente no Fórum Cultural de Cerveira (Vila Nova de Cerveira), e António Sampaio: do Douro ao Mar, no Museu do Vinho do Porto (Porto). 
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2009)

5. ANTÓNIO SAMPAIO

"Paisagem"/ Serigrafia/ 34x40 cm
450,00 €

António Sampaio
1916-1994
Pintor e professor

António de Assunção Sampaio nasceu no n.º 3 da Rua Luís de Camões, em Vila Nova de Gaia, a 19 de Agosto de 1916. Era filho de Armando Sampaio e de Zélia de Assunção Sampaio e irmão de Armando Artur, Vítor, Maria Lígia e José Heitor.
O pai foi oficial do exército e Administrador de Caconda, em Angola e quando regressou a Portugal desenvolveu a atividade de comerciante, tendo sido o proprietário da Pensão Aviz, no Porto.

Durante a infância, António Sampaio frequentou a "Escola das Palhacinhas", situada na Rua Direita, em Vila Nova de Gaia (1923-1927) e também estudou no Colégio Universal (1928-1929), no Porto.
Com 14 anos de idade inscreveu-se no curso Preparatório da Escola de Belas Artes do Porto, sem o conhecimento do pai, para cursar Pintura.
Nesta Escola conviveu com outros futuros artistas plásticos e arquitetos como Abel Moura, Guilherme Camarinha, Januário Godinho, Fernando Távora, Nadir Afonso e Dominguez Alvarez.

Capa de Livro de Homenagem a António SampaioEm 1932 ingressou no Curso Especial de Pintura da ESBAP. Durante a licenciatura realizou decorações murais para estabelecimentos comerciais e equipamentos culturais, assim como obras oficiais, nomeadamente os trabalhos em parceria com Abel Moura para a Exposição Colonial do Porto.

Terminado o percurso académico, António Sampaio ingressou no Curso Superior de Pintura (1937-1944), também na ESBAP, no qual foi discípulo de Dórdio Gomes e de Joaquim Lopes; nesse tempo, conciliou os estudos com o trabalho na "Cerâmica Lusitânia" (1937-1944).

Em 1938 vendeu as suas primeiras pinturas a destacadas personalidades portuenses.
No ano seguinte, associou-se a uma tertúlia cultural de oposição política ao Estado Novo, que reunia no Café Majestic, na Rua de Santa Catarina, Porto, e era frequentada por gente como Eduardo Santos Silva, Virgínia Moura, Artur Vieira de Andrade e Januário Godinho.

Em 1940, fundou com outros tertulianos a Sociedade Editora Norte, que publicou um jornal clandestino. Continuou os estudos como pensionista do legado Ventura Terra e venceu o primeiro de vários galardões: o Prémio Rodrigues Soares.

Em 1941 estreou-se a expor de forma individual, no Salão Silva Porto, no Porto. Desde essa data até 1993 não deixou mais de o fazer. Fez-se representar em numerosas exposições individuais em Portugal (Porto, Vila Nova de Gaia, Amarante, Viana do Castelo, Braga, Póvoa de Varzim, Ofir, Vila Praia de Âncora e Leiria), em Londres e Nova Iorque.

Entre 1943 e o início dos anos 90 participou, com frequência, em exposições coletivas, patentes ao público em instituições como a Sociedade Nacional de Belas Artes, o Secretariado Nacional de Informação, o Museu Nacional Soares dos Reis e o Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso e associou-se às mostras dos "Independentes" e às Bienais de Cerveira.

Entre 1944 e 1947 partilhou ateliê com os arquitetos Paulo Alijó, Moura da Costa e Sequeira Braga.

Entretanto, em 1945 apresentara a tese na ESBAP, casara com Marie Thérèse Beyer de quem teve duas filhas (Maria Antónia, 1949 e Maria Teresa, 1951) e iniciara uma longa carreira de docente do ensino secundário.

Em Dezembro de 1947 partiu para Paris, cidade onde se manteve até ao verão de 1948. Durante esse período frequentou as academias La Grande Chaumière e Julian, os ateliês dos pintores André Lhote e Fernand Léger e o ateliê de fresco de Duco de La Haix, assim como gravura na Escola de Belas Artes. Conviveu com Júlio Resende, Nadir Afonso, com o poeta André Figueiras. Passou pelo atelier de Vieira da Silva e Arpad Szenes e fez gravura, estudos de nus, cenas de interior e vistas citadinas, para além de pequenos trabalhos (assinados "Jean Luc" e "AS") que enviou para serem vendidos em Portugal.

Fotografia da Escola Secundária  Infante D. Henrique, PortoDurante os anos cinquenta, instituiu a Academia Alvarez com Jaime Isidoro, no n.º 171, 1.º andar, da Rua da Alegria, no Porto (1954), organizou as atividades culturais do Carnaval para o Clube Nacional de Montanhismo (1957), criou um Atelier Livre na Rua Formosa (1954) e ajudou a criar o efémero grupo "Ceramistas Modernos" (1961).

Durante os cerca de 30 anos de ensino trabalhou em diversas escolas, como na Escola Industrial Infante D. Henrique e na Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis, no Porto, na Escola Industrial de Viana do Castelo, na Escola Industrial de Oliveira de Azeméis, na Escola de Cerâmica de Viana do Alentejo, em escolas da Covilhã, de Faro e de Lisboa e na Escola Secundária de Monserrate, em Viana do Castelo, onde se reformou em 1986.

Fotografia de um quadro de António SampaioNo decurso da sua carreira artística ilustrou a obra "Sede" de António Ramos de Almeida (1942), livros escolares de Pedro Homem de Melo e postais de sabor etnográfico (1944). Com o arquitecto António Neves desenhou brasões para ornar reposteiros de solares (1938). Decorou casas comerciais da baixa portuense, tendo, entre outros, pintado os frescos da pastelaria Bocage, na Rua de Santo Ildefonso, e um fresco para o Cinema Batalha. Em 1954, realizou trabalhos de motivos alentejanos (cerâmica, aguarelas e desenhos). Retratou figuras da sociedade como Joaquim Carvalho, benemérito do Coliseu (1941), Maria José Mariani (1944) e a sobrinha-neta de Teixeira de Pascoaes (1950). Explorou as potencialidades artísticas da cerâmica, tendo, por exemplo, executado painéis cerâmicos para uma fábrica (1964) e para um hotel (1972) em Espinho. Pintou e desenhou paisagens, designadamente de Sintra, do Minho, do Marão e lugares sossegados e enigmáticos, numa fase de afastamento da vida pública (1975). Foi autor de telas naïf e associou-se ao Instituto de Apoio à Criança, nos anos 90. Produziu cartões para tapeçarias executadas na "Manufactura de Tapeçarias Muro" e para o Hotel Praia-Golfe de Espinho.

António Sampaio teve muitas moradas. Depois do casamento trocou Vila Nova de Gaia pela Quinta do Mirante, em Águas Santas, propriedade dos seus sogros. Entre 1950 e 1952 alugou casa em Ofir, onde passou várias temporadas. Dois anos depois transferiu-se para Viana do Alentejo. Em 1955 voltou ao Porto e, em 1958, depois da venda da quinta na Maia, alugou uma casa na Rua de S. Crispim. Em 1961 mudou-se para a Rua do Seixal. No ano seguinte edificou a "Casa do Rio", em Gondomar, riscada por Fernando Tudela e para a qual se mudou em 1963. Mais tarde, em 1978, adquiriu uma casa em Gouvim, Gondarém, nas proximidades de Vila Nova de Cerveira, que começou a restaurar em 1979, numa altura em que residia simultaneamente em Gondomar e Afife. Aí se veio a fixar na década de oitenta.

Fotografia de Pedro Homem de MelloEm todos os locais onde estudou, trabalhou e habitou, ao longo da sua vida, rodeou-se sempre de amigos, como os pintores Dominguez Alvarez e Carlos Carneiro, o escultor Arlindo Rocha, os poetas Pedro Homem de Melo, Teixeira de Pascoaes, Sebastião da Gama, Júlio/Saúl Dias e António Porto-Além, o violinista Herberto de Aguiar, a escritora Luísa Dacosta, os irmãos Ernesto e Eduardo Veiga de Oliveira, Alexandre e Júlia Babo e o mestre ceramista Lagarto. Entre os anos 60 e o 25 de Abril de 1974 recebeu gente das artes e do jornalismo no seu ateliê da casa de Gondomar.

António Sampaio foi também um curioso viajante. Conheceu profundamente o Minho e, após o casamento, visitou S. Pedro do Sul, Lisboa, Sintra, Arrábida e o Algarve. Deslocou-se aos grandes museus de Espanha e da França. Percorreu a Alsácia, terra natal da sua mulher, a Bélgica, a Itália e a Inglaterra, e regressou várias vezes a Espanha e a França.

Morreu na sua casa de Gouvim, a 27 de Março de 1994.

Em 2016 foram-lhe dedicadas duas exposições póstumas: 100 anos do nascimento de António Sampaio, patente no Fórum Cultural de Cerveira (Vila Nova de Cerveira), e António Sampaio: do Douro ao Mar, no Museu do Vinho do Porto (Porto). 
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2009)